A importância de reconhecer os sintomas do infarto

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Segundo dados do Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes no Brasil, representando aproximadamente 30%* dos óbitos ano 

O ataque cardíaco, também conhecido como infarto do miocárdio, é uma condição séria que ocorre quando o fluxo de sangue oxigenado para uma parte do coração é bloqueado. Este impedimento é geralmente causado por um acúmulo de gordura, colesterol e outras substâncias nas artérias coronárias, formando placas que podem romper e formar coágulos. A obstrução bloqueia o fluxo de sangue, causando a morte do tecido do coração. Sem tratamento rápido, isso pode causar danos permanentes ao coração ou até mesmo levar à morte.

Reconhecer os sintomas de um ataque cardíaco é fundamental para buscar ajuda médica imediata e prevenir maiores complicações. De acordo com Dr. Carlos Alberto Pastore, diretor médico da Unidade Clínica de Eletrocardiografia do InCor, Instituto do Coração HCFMUSP, o sintoma mais característico de um infarto é uma dor intensa no centro do peito, descrita como uma sensação de aperto ou pressão. Esta dor pode irradiar para o braço esquerdo, costas, pescoço, mandíbula ou estômago, e é frequentemente acompanhada de suor frio, náusea e palidez.

Segundo o especialista, o ataque cardíaco ou infarto, é uma condição caracterizada pela insuficiência de sangue oxigenado circulando na região do coração. Este impedimento na passagem sanguínea ocorre quando há o bloqueio ou entupimento de uma veia coronária. “A falta de irrigação leva o miocárdio a entrar em um processo de necrose, podendo resultar em óbito caso não sejam realizados os procedimentos adequados para restaurar a circulação normal, a estimativa é que até 2040 haverá aumento de até 250% desses eventos no país”, alerta o médico.

A dor do infarto é descrita como uma sensação de aperto ou pressão intensa no peito, que pode irradiar para outras partes do corpo, como braços, costas, pescoço e mandíbula. O especialista esclarece também que outros sintomas são comuns e indicam sinais de infarto:

Dormência ou formigamento no braço esquerdo
Dor estomacal sem relação com alimentação
Dor nas costas
Tosse seca 
Mal-estar 
Falta de ar ou respiração ofegante
Enjoo 
Fadiga e sonolência 
Tontura, desmaio ou vertigem
Palpitações 
Dificuldade para dormir
Sensação de ansiedade 

Em idosos, os sintomas podem ser menos intensos devido à circulação colateral que é mais desenvolvido e protege o músculo cardíaco e é desenvolvido ao longo dos anos, uma rede de vasos se forma para compensar as veias obstruídas por placas de gorduras (aterosclerose) garantindo que o sangue chegue ao coração reduzindo o risco de morte após infarto. Já nas mulheres, os sinais podem ser mais sutis, como queimação, agulhadas no peito e falta de ar sem dor. Nos jovens, apesar dos sintomas serem semelhantes aos dos adultos, há um risco maior de infarto fulminante, que pode ser fatal

Foto grátis médica medindo a pressão arterial de um paciente mais velho sentado no sofá.

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Os principais fatores de risco podem afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em indivíduos com mais de 45 anos, especialmente aqueles com ameaças como excesso de peso e tabagismo, assim como hipertensos, sedentários, alcoólatras, usuários de drogas, com histórico familiar de doenças cardiovasculares.

O frio do inverno também um fator muito importante para aumentar significativamente os riscos de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). A cada queda de 5°C na temperatura, o risco de morte por doenças cardíacas sobe cerca de 5%, um perigo que pode durar semanas. Estudo global**, incluindo o Brasil, revela que o frio eleva em 33% o risco de infarto, 32% para AVC e 37% para insuficiência cardíaca. Para se proteger, é vital manter uma alimentação saudável e realizar atividades físicas com cautela. Embora as baixas temperaturas tragam consigo o prazer clima mais ameno, é vital adotar medidas preventivas para proteger o coração e garantir um inverno saudável.

Segundo Dr. Pastore, a prevenção é a melhor forma de combate ao infarto. “Adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, além de realizar check-ups periódicos com um especialista, são medidas essenciais para reduzir os riscos”, avalia o médico.

* Ministério da Saúde – Estatísticas de doenças cardiovasculares no Brasil 2024 – Acesso 27/05/2024

**Aha Jornals – Doenças Cardiovasculares e o clima frio – Acesso em 05/06/2023

Marise Vieira – Caroline Roque

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