Educação emocional na primeira infância: como profissionais das escolas podem auxiliar nesse processo?

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Educação emocional na primeira infância: como profissionais das escolas podem auxiliar nesse processo?

A psicopedagoga Patrícia Boaventura e a psicóloga Fernanda Vaz Torres explicam a importância do tema e o modo que ele tem sido abordado no ambiente acadêmico

A primeira infância é aquela que compreende os primeiros anos de vida de uma criança e, ao longo desse período, o cérebro está em constante desenvolvimento. Nesse sentido, a educação emocional tem um papel fundamental na formação do bem-estar, das habilidades sociais e da personalidade dos pequenos, uma vez que  compreende o processo de autoconhecimento e autorregulação das emoções.

“É na primeira infância que o cérebro encontra-se mais suscetível aos novos aprendizados, com propensão a realizar adaptações, utilizando-se da sua neuroplasticidade. A psicopedagogia, por sua vez, é a ciência que estuda o desenvolvimento de aprendizagem infantil, por isso, caso surjam os primeiros sinais de dificuldade de aprendizado na escola, é essencial propor estratégias e recursos eficazes, além de orientação aos pais para que possam ajudar seus filhos”, explicou Patrícia Boaventura, psicopedagoga da Gurilândia Federação.

A educação emocional contribui para formar indivíduos mais conscientes e preparados para enfrentar adversidades. Em ambientes onde as emoções são acolhidas, crianças, especialmente as mais ansiosas, sentem-se seguras e incentivadas a gerenciar suas emoções, fortalecendo a autoestima e a confiança em suas capacidades.

“Ao entender as próprias emoções, é possível desenvolver empatia, a qual é essencial para construir relacionamentos saudáveis e trabalhar em equipe. A educação emocional ensina a lidar com frustrações e decepções de forma construtiva, promovendo a resiliência e o autocontrole, habilidades fundamentais para uma personalidade equilibrada. Além disso, está ligada ao desenvolvimento de valores éticos, como respeito e empatia, que influenciam positivamente na conduta e na personalidade”, afirmou Fernanda Vaz Torres, psicóloga da Gurilândia Pituba.

As interações sociais também oferecem oportunidades valiosas para o público infantil poder praticar e aplicar as habilidades emocionais que está desenvolvendo. Ao interagir com amigos e colegas, ou até mesmo com adultos, é possível vivenciar uma variedade de emoções e aprender a lidar com elas.

Ademais, por meio da educação emocional, é possível adquirir habilidades como autorregulação, resiliência, aumento da autoestima e da autoconfiança, redução do estresse e prevenção de comportamentos destrutivos, entre outros benefícios.

“O desenvolvimento de problemas de saúde mental, como transtornos de humor e ansiedade, é influenciado por múltiplos fatores. Portanto, não podemos afirmar que uma criança exposta à educação emocional estará completamente protegida contra esses quadros. Porém, se ela aprende a regular melhor suas emoções e a criar estratégias de enfrentamento, as chances são menores”, complementou Fernanda Vaz Torres, psicóloga da Gurilândia Pituba.

Aplicação na prática

O currículo da educação infantil de ambas as unidades da Gurilândia Schools é baseado nas melhores práticas e metodologias, que enfatizam o desenvolvimento de crianças entre 1 e 5 anos de idade.

“A educação emocional é um dos pilares importantes nesse processo de aprendizagem, pois contribui para o desenvolvimento de relações interpessoais, reconhecendo regras de convívio, por meio do gerenciamento das emoções, as quais estão diretamente ligadas ao processo cognitivo de aquisição de novos conhecimentos”, ressaltou a psicopedagoga Patrícia Boaventura, psicopedagoga da Gurilândia Federação.

A metodologia da educação infantil das unidades da Gurilândia Schools utiliza ainda uma abordagem inspirada no Programa Primary Years (PYP), em que a criança é estimulada a ser protagonista do próprio aprendizado. Nessa abordagem, os alunos são encorajados a exercer sua autonomia, autoconhecimento, descobrir novos interesses, com pensamento crítico e afirmação de valores, culminando nas habilidades de relacionamento e educação emocional.

“As principais atividades realizadas são brincadeiras, contação de histórias, trabalhos em grupo, atendimentos individualizados, além de material didático específico para cada idade, recursos tecnológicos e de uma visão de mundo que envolve arte, música e movimentos do corpo”, acrescentou Patrícia Boaventura, psicopedagoga da Gurilândia Federação.

Apoio familiar

Por fim, é importante ressaltar que as famílias devem dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelas escolas, criando, em casa, um ambiente onde as emoções são acolhidas, discutidas e validadas.

Ambas unidades da Gurilândia Schools também utilizam o Laboratório Inteligência de Vida (LIV), um programa que auxilia no desenvolvimento da educação socioemocional. Essa ferramenta inclui atividades que devem ser feitas em família, justamente para garantir que os pais se envolvam no processo.

“Não podemos esquecer que a família é um espelho para a criança. Ou seja, é fundamental que os pais saibam lidar com suas próprias emoções. Se uma criança observar, por exemplo, que o familiar lida com a raiva de forma explosiva, gritando, batendo na mesa ou as portas, há uma grande chance de ela replicar esse comportamento”, concluiu Fernanda Vaz Torres, psicóloga da Gurilândia Pituba.

Assessoria de Imprensa | Conversa – Estratégias de Comunicação Integrada


 Paula Britto

Kadydja Albuquerque

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